Ponto de partida

Uma linha de luz arqueada
Flutua suspensa
Na extensão do braço, onde a força
Abandona o corpo

O grito de vidro soprado vazio
Impera calado
Quando o silêncio reflecte a voz
Da sombra quebrada

Por passos
Que se afastam e convergem

Ao ponto onde a tristeza absorvida
É libertada
No instinto irracional e separador
De um adeus.


1 comentário:

Suzete Brainer disse...

Primeiro, a minha alegria de te ler novamente
com um novo poema, neste fluxo da tua poética
acima, de brilho e voz poética que eu reconheço
sempre, caminhas por um horizonte da
poesia rara, meu caro amigo!

Quase todo ponto de partida é acompanhado de
um adeus. O recomeçar flutua no espaço do
desapego; o vazio, o novo, o todo, o vazio!...
Um abraço (saudoso) de irmandade poética, Nuno!