A noite cai lenta e macia
Sobre a tapada
Cobrindo o brilho do dia
Assim, calada…
Calada
Seduz a curva da estrada
Que à frente fluía
Tão longa, tão fechada
Assim, morria…
Morria
Na acidental filantropia
De um pinheiro
Onde a vida se escondia
Assim, calada…
Calada
Não há vidros partidos
Nem lágrimas
Nem gritos sofridos
Na face de uma folha caída
Seca e morta à beira da estrada
Tão calada…
A noite caía lenta e macia
Sobre a tapada
Cobrindo o brilho do dia
Assim, calada…
E morria
E gritava
E chorava
Nos braços da madrugada.
Só isto importava
Mais nada…
Mais nada.
Costa Da Silva