À luz de uma lua de Saturno

Um universo de palavras indecentes
Molda a matriz que se repete
Que se renova todos os dias
E troca o fim pelo princípio.

[…]

Se nasci na origem
Foi para morrer no fim de tudo
À luz de uma lua de Saturno  
Por viver com ganas de ter realidades em Vénus
Sem véus nem pudores e sentir no peito
Como um homem que ama uma puta e é feliz

Materializar vida, bêbado em cacho
Transformar sangue em vinho
E viver, todos os dias, desalmado como bastardo
Para chegar lá nem que seja só
Mas, a olhar de frente para tudo, sem medo de ver.