Quando o manto de horas negras cobre a luz

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Quando o manto de horas negras cobre a luz de todos os lugares
Não restam sonhos inocentes, nem sentimentos sinceros
Dentro dos corpos embriagados, vestidos de vício

Sem sentir, vagueiam sem sentido

Rasgando noites imperfeitas cobertas com véus transparentes
Onde atrás de cada porta o mistério toma a forma de sorrisos
As curvas assumem-se suaves, como idílicos paraísos
Na terra das sensações pronta a conquistar

É o princípio da viagem ao fundo do ser

Quantos corpos largados, dias, semanas, meses por amar?
Tantos brilhos transformados na solidão sob o luar
Tantos corpos enganados por promessas ao por do sol
Vencidos, sem encanto, pela força indiferente do destino.

Quando este manto de horas negras revelar o infinito céu estrelado
Cobrindo a vontade de metade do mundo
Mostrará a sua nocturna imensidão, onde cada ponto brilhante é vida
É sonho, por mais ínfimo que seja é luz.

Sim, pode ser diferente.

1 comentário:

Bi eL disse...

Está cada vez mais belo este lugar, onde, apesar da tempestade, encontro sempre um fio de luz a rasgar o “manto de horas negras”.

Parabéns.

Continuação de boa semana.