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Cabem entre os homens oceanos inteiros de indiferença
Um mar imenso, saturado de sal, que tudo corrói
Onde, em silêncio, as palavras morrem afogadas
[dentro dos corpos.
Quando gélidas são as lágrimas dos homens
Negros serão os tempos do mundo
Negra é a sombra da tormenta que escurece os dias
[que dobra as noites
Ao sabor da solidão, não se alcançam continentes
[nem se alargam horizontes.
Quem irá lançar a semente na terra e cultivar a palavra?
Quem, quebrando o seu espelho de vontades
Salvará os náufragos deste tempo, quem terá essa coragem?
A palavra que muda o mundo nasce dentro dos homens
Cresce por um sorriso, cruza oceanos num olhar e aproxima pessoas.
Todos os homens pertencem à terra e a seu tempo
Todos os homens pertencerão ao pó.
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