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Agora o mar. não o mar dos petroleiros que passam ao largo
Nem dos barcos de pesca ancorados no cais
Mas o mar, aquele da minha memória.
Quantas gaivotas sobrevoaram os meus pensamentos.
Aquele riso salgado na boca. Aquele mar
A lua e os reflexos prateados nos olhos
Que doiam de tanto olhar.
Quantas ondas morreram na praia desde esse mar
Até aos meus cabelos brancos de hoje.
Quantas gaivotas voltaram aos meus pensamentos.
Agora a vida. Esse mar, a sua imensidão, as suas correntes
Todo ele ficará para sempre, mergulhado no meu esquecimento.
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