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Caídas no chão, morrem folhas que o vento vai levando
E cada vez que o vento sopra e as leva para longe
Renova-se o mundo nas tardes do meu olhar
O velho transforma-se em novo
Levanta-se em frente aos meus olhos habituados
No ocaso dos dias, uma eternidade de cores e sentidos
Antes que tudo se torne velho de novo
Quando as folhas caírem novamente no chão
Secas e velhas como pedaços sépias de ontem
Haverá sempre um Outono depois de um Verão
Como ciclo aceite na natureza de tudo
Com um vento lúcido que sopre, que as leve para longe
E devolva sentido ao mundo, a estas tardes do meu olhar.
1 comentário:
A sua poesia é vida. Deixa-se envolver por aquela dourada melancolia das estradas de outono, mas depois consegue recriar o olhar, redesenhar os sentidos e encontrar a lucidez necessária para “aceitar os ciclos na natureza de tudo” e “devolver o sentido ao mundo”.
Faz bem passar por aqui e não ficar apenas sonhando memórias de poentes.
Obrigada.
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