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Cada vez que assomo à janela e o vento bate assim
[fresco na cara
Ah, sinto o meu mundo todo estremecer, sinto um arrepio
[no corpo inteiro.
Das savanas de África aos néones de Tóquio
Tudo me diz quem sou e que o meu lugar é aqui.
Aquilo que sei de mim e do mundo, é porque não fui, indo
[porque nunca me esqueci.
Apesar de todas as viagens
Nunca chego a esquecer a transparência do que me leva
E as viagens são como o vento que bate fresco na cara
As partidas espontâneas, os percursos com todos os seus tesouros
Os regressos onde o pó do caminho se torna origem de novo.
Mas cada vez que assomo à janela, é sempre aqui que me encontro
Que estremeço e tenho esta certeza de fazer parte de tudo.
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