Forma de cair

Não há outra forma de cair
Senão a forma que a vida mostra
Nem outra maneira de viver
Do que aquela que cair ensina
Quem isto entende, tem como endireitar as costas
Seguir e levantar a cabeça
E depois da queda, o momento em que ergue o corpo
É todo ele força, movimento e vida

Não se pode viver curvado
Com uma visão deformada das coisas
Abrir os olhos e acordar, é natural até morrer
Mas acordar não é viver
Nascer é estar vivo, até porque nascer todo o homem nasce
Só que estar vivo não é viver

Viver é movimento somado à vida, à existência
É atrito, sentimento, é uma química que acontece na alma
De alguém que cai e depois se levanta
E sem mágoa, cresce pelas cicatrizes no corpo
Para elevar o patamar do mundo.

1 comentário:

Suzete Brainer disse...

Oi Nuno,

"De alguém que cai e depois
se levanta
E sem mágoa,cresce pelas
cicatrizes no corpo
Para elevar o patamar do mundo."

Belíssimo...

Muito grata pela leitura deste
teu poema,um olhar emocionado
com a saudação da dignidade
da alma humana...
Abraço de alma, grande poeta!