É nas pessoas que se conhece o mundo…
Às costas uma obra em ruínas
Pedregulhos e estilhaços de vidro
Que deixo na berma da estrada
Se a subida fica íngreme
Bebo vinho, cambaleio, sigo em frente
Dêem-me o ópio da china
Para sair fora de mim
Conto pequenos dilemas em silêncio
Deixo os mortos para trás
Mais a dor ao abandono
Para aliviar o peso, porque ainda falta caminho
[É esta calma
Que me leva para ao fim]
As juntas já vertem diesel nas plantas
Porque a máquina tem folgas
Paro na oficina do tempo, uma e outra vez
E espero por Newton
A vida é um alpendre invisível
Com tábuas que rangem aos passos
Espanta espíritos magnéticos
E cadeiras empoeiradas
Com vista para um pomar de macieiras
Em desconto de fim de estação
É nas pessoas que sinto gravidade.
Costa Da Silva
1 comentário:
O vento cai sobre o mundo
E eu conto
os pequenos dilemas do silêncio
Como um verso que ascende
Em ensaio
[É esta calma
Que me leva para até fim]
Tua escrita sempre me faz divagar
Abraço
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