Império

Império só. Embrenho no mistério desse reino longínquo, impossível de conquistar.
Este mistério é o manto com que deus se cobre de noite para não ter frio enquanto dorme, deitado na relva do seu jardim. Porque deus é tudo o que existe entre a terra e o céu.
Vago reino impenetrável de candeias acesas em procissão. Marcha lentissima que enfeita de luzes o céu e de ilusão a minha alma, roubando-a para a segurança dos seus portões.
Sinto, imaginando-o, como a única realidade de o sentir. E se por ventura consigo senti-lo real, sinto-o por fora da alma, como se tivesse outro corpo. Porque este reino de mistério é ilusão e a minha alma, real.


1 comentário:

Suzete Brainer disse...

A alma real e igualmente a
poesia (tua) imensamente
bela e profunda a revelar-se
nesta tua expressividade
tão original.
2018 agora repleto de sonhos
e realizações para ti e os teus,
muitas felicidades na paz
de espírito!
Saudades daqui, respirar
tua arte poética, Nuno!
Grande Abraço de Paz