Continuo a ir e a
voltar, a ir e a voltar outra vez e outra, durante muito tempo, e mesmo
cansado, continuo a ir e a voltar e continuarei a ir e a voltar, até ter consciência
que o ir e o voltar, é o mesmo que nunca ter saído. Até que se completem todos
os ciclos individuais da compreensão do que é viver, continuarei a sair para a rua.
Este ciclo de estar em casa e surgir a dúvida sobre o que há lá fora, ter curiosidade
de conhecer e sair para a rua, ver, andar por todo o lado, cair, levantar-me e
voltar para casa. Não ficar satisfeito e fazer tudo outra vez. Até aprender a
amar o que há fora de casa como amo o que há dentro. E quando sentir este amor,
porque é o mesmo, quando tiver consciência que tudo o que está na rua, sempre
esteve dentro de casa, vou finalmente poder descansar.